VERDADE DESPORTIVA?


 Quando penso que as pessoas do futebol lutam para que o nosso campeonato evolua e se torne cada vez mais coerente e mais justo, os lideres do nosso desporto rei conseguem bater cada vez mais no fundo.

Foi decido o alargamento da primeira liga para 18 clubes. Até aqui tudo pode parecer normal na generalidade dos amantes deste desporto, no entanto ambos sabemos que muitos treinadores, principalmente dos denominados "grandes" queixam-se constantemente do numero elevado de jogos durante cada época, e nem sempre a forma como o calendário é realizado é o maior problema.

Existirá assim tantas equipas no escalão secundário com capacidade financeira para andarem na elite do futebol português? Ou será mais um passo para acabar com a existência de uma grande parte de clubes modestos e cumpridores, visto que a crise mundial também afecta o futebol.

Todos sabemos que os orçamentos de uma liga para a outra são efectivamente distintos.

As ligas mais internacionais mais competitivas possuem 18 clubes no principal escalão ou até 20 como no caso da vizinha Espanha, no entanto também temos de ser coerentes ao ponto ver que as economias desses países não são sequer comparáveis com o nosso país.

O que resultara desta decisão? O fim da polémica Taça da Liga? Sim, polémica não pelo seu historial mas derivado ao seu encargo financeiro, à sua calendarização e sobretudo pelo facto de não dar acesso a nenhuma competição europeia.

Na minha opinião até não olharia para esta decisão como uma coisa muito catastrófica, se eventualmente fosse uma forma de dar mais espaço de evolução aos nossos jovens jogadores portugueses, mas sabemos que está à muito enraizado na nossa cultura futebolística ir buscar jogadores "lá fora", o que obviamente traz um outro tipo de encargos para todos os clubes.

Porém sou totalmente de desacordo com a não descida de clubes nesta época. Na minha opinião viola MAIS UMA VEZ, a verdade desportiva.

Se fosse uma medida tomada antes da época desportiva, embora discordasse na mesma, todas as equipas teriam uma margem de manobra bastante superior para planearem o seu futuro, no entanto numa altura que começa a ser mais decisivo o desfecho desta liga o que vai acontecer?

Os clubes que lutam para não descer e precisam urgentemente de pontos para se manterem no escalão principal, vão poder descansar à sombra da bananeira e eventualmente poder dar alguma "ajuda" a alguma das equipas que luta pelo titulo ou que luta pelo acesso ás competições europeias quando se defrontarem?

Não quero de maneira nenhuma lançar qualquer tipo de suspeição, mas como o nosso campeonato é tão fértil neste tipo de acontecimentos, faz-me pensar na eventualidade de por exemplo um dos ultímos classificados defrontarem um dos primeiros e não se preocupar em ganhar pontos para a sua salvação. Todos sabemos que no ultimo terço do campeonato são essas equipas aflitas que por vezes dão as maiores dificuldades a quem vai na frente.


Como disse anteriormente, o meu objectivo não é lançar a suspeição, mas na minha opinião a suspeição combate-se "eliminando" todos os factores que nela podem providenciar duvidas no que diz respeito à verdade desportiva. Não é o caso.

Na minha opinião Mario Figueiredo começa claramente com o pé esquerdo na sua primeira tentativa de mudança do futebol português.

A Linguilla seria claramente a melhor decisão para esta tomada de atitude.


Saudações.




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O LIVRE DE MESSI



Na ultima jornada do campeonato espanhol em que se defrontaram o Atlético de Madrid e o Barcelona, os visitantes venceram os madrilenos por 1-2.

Até aqui nada de anormal até porque é sobejamente conhecida o enorme potencial da equipa blaugrana. No entanto muito se tem falado do grande golo que o inevitável Lionel Messi marcou nesse jogo (o 1-2), na verdade é um livre muito bem colocado e de belo efeito, na realidade foi excelente mesmo, mas o que ninguém comenta e que causa alguma estranheza, é o facto de o lance padecer de alguma falta de fair-play.

Porquê falta de fair-play?

Bom na verdade dizer que o astro argentino teve falta de fair-play naquele livre fantástico, pode soar a uma adjectivação um pouco "forte", talvez o maior culpado seja mesmo o arbitro pela sua falta de bom senso ao errar na analise do lance, mas no entanto o craque argentino revelou um pouco "aquele carácter" de querer ganhar a todo o custo.

Se repararmos bem no golo aquando da marcação do livre de Messi, o guarda-redes do Atlético de Madrid está a orientar a colocação da barreira, ou seja, está encostado ao seu poste direito dando instruções aos seus colegas, quando entretanto inesperadamente Messi remata com a baliza completamente escancarada.

 Não é perceptível se o arbitro apita para a marcação do livre (o que a mim me causa algumas duvidas, uma vez que a equipa madrilena foi apanhada de surpresa), ou se apenas lhe disse verbalmente que o argentino tinha liberdade para marcar o livre.

Apesar de tudo é um golo muito vistoso e de enorme classe, mas parece-me a mim que faltou algum bom senso tanto de Messi como do árbitro.

As duvidas aqui seriam:
  • Se fosse ao contrário o golo teria sido validado?
  • Se Messi falhasse seria repetido o livre?
  • E se fosse Cristiano Ronaldo a tomar esta atitude?
Podemos ver o lance aqui em baixo:


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A OBSCURIDADE DO FUTEBOL PORTUGUÊS

Há dias li uma entrevista a um antigo jornalista Desportivo (Marinho Neves) ao blog "O cabelo do Aimar", que revela os meandros obscuros de que o futebol Português é fértil.
Marinho Neves sempre lutou pela verdade desportiva, o que fez com que a sua vida fosse muitas das vezes repleta de polémicas e com constantes ameaças à sua integridade física.

Fica aqui a transcrição dessa entrevista:

Entrevista - Marinho Neves

Conseguir uma entrevista com Marinho Neves não é fácil. Um dos maiores nomes do Jornalismo desportivo do pós-25 de Abril,mi sempre atraiu muitas polémicas que lhe valeram muitos dissabores pelo que disse e sobretudo, pelo que escreveu. Afastado pelos lobbys da comunicação social por atrair problemas com o "poder", decidiu abrir uma excepção e conceder uma entrevista ao Cabelo do Aimar. E nós agradecemos.

Cabelo do Aimar: O Marinho Neves também tem um “ganda” cabelo como o Aimar. O que acha do Argentino?

Marinho Neves: Gosto de o ver jogar. É rápido, tem qualidade e a sua força deve estar no cabelo como Sansão, porque cabedal ele não tem.

CdA: O grande sucesso Golpe de Estádio é um romance ou uma comédia? O que pretendia com a publicação desse livro, gozar ou informar?

MN: Naquela altura era necessário dizer a verdade e não havia outra forma de o fazer. Penso que consegui estabelecer um diálogo com o leitor, espevitando-lhes a curiosidade. Mas, não conheço nenhum romance que não seja baseado em histórias reais.

CdA: Muitos dizem que esse livro ditou a sua reforma antecipada dos principais meios de comunicação. Mas custou-lhe algo mais, como perseguições, tentativas de envenenamento ou até mesmo de assassinato. Sabe os nomes e os motivos de quem orquestrou esses actos?

MN: Fui de facto perseguido, muito perseguido, ameaçado e continuo a ser. Mas, não é verdade que tenha sido a minha reforma antecipada. Depois da publicação do livro trabalhei no programa da SIC "Os Donos da Bola" e em vários jornais, não obstante me terem tentado boicotar todos os trabalhos que iam aparecendo. Não o conseguiram porque Portugal não se resume à cidade do Porto, e Lisboa nunca me fechou as portas. Cheguei a estar contratado para o jornal "A Bola" e no dia em que devia entrar inverteram a situação. Foi caso único na capital.

CdA: Qual foi o restaurante onde o drogaram? Para que os nossos leitores saibam antes de lá ir comer.

MN: Foi exactamente no mesmo restaurante onde já foram apanhados alguns árbitros portugueses e estrangeiros que foram cear com dirigentes. Uma vez, vinha a sair desse restaurante em Matosinhos e à saída tinha dois jagunços à minha espera. Só não me aconteceu nada porque ia muito bem acompanhado.

CdA: Na sua intervenção no Prós & Contras sobre corrupção no futebol, pareceu bastante incomodado com a maneira jocosa com que Valentim Loureiro se apresentou. O que lhe passou pela cabeça quando o viu a “berrar” que ia ser absolvido porque nunca fez falcatrua no futebol?

MN: Quando fui a esse programa foi-me prometido que teria linha aberta para dizer o que quisesse. Mas, quando me estava a maquilhar, o Valentim Loureiro estava ao meu lado e mostrou-se incomodado com a minha presença. Quando me sentei, senti de imediato que nunca me dariam a oportunidade de dizer o que sabia, não obstante o presidente do Sporting, Dias da Cunha, ter dito nesse programa que tudo o que aprendeu no futebol foi comigo. Depois… foi uma comédia.

CdA: Você tem alguma coisa a ver com o Polvo dos Papalvos, com o Blog da Bola ou com o Tripulha das escutas?

MN: Com "O polvo dos papalvos e "Tripulha das escutas" não. Nem sequer conheço. Já o Blog da Bola, foi com grande emoção que me vi obrigado a encerrar, tantos eram os processos judiciais, todos arquivados porque apresentei provas do que dizia. Mas não deixei de gastar fortunas em advogados e despesas judiciais. Em toda a minha carreira jornalística tive 35 processos judiciais, todos arquivados antes de julgamento com a excepção de um, em que fui absolvido.

CdA: O que faria se lhe dessem a presidência de um dos clubes mais mediáticos de modo a "limpar" o futebol em Portugal?

MN: Mesmo como presidente de um clube podia fazer muito pouco. Primeiro tinha de conquistar a simpatia e a confiança da maior parte dos clubes e só juntos podíamos normalizar o actual sistema. Pinto da Costa demorou 10 anos a montar a máquina enquanto os clubes da capital se degladiavam.

CdA: Que previsão faz para o Futebol Clube do Porto e para o futebol nacional, quando Pinto da Costa abandonar o cargo no clube?

MN: Esse vai ser o grande problema dos portistas. Quando Pinto da Costa acabar, o clube também acaba.

CdA: É do foro público que o Marinho trabalhou para o Sporting contra o “sistema”. Quem foi a primeira pessoa a iniciar essa luta contra o “sistema” no futebol Português?

MN: Quando Dias da Cunha foi eleito presidente do Sporting, depressa se apercebeu da falcatrua que era o nosso futebol. Não sabia para que lado se havia de virar. Fui então contactado pelo seu assessor, Carlos Severino, para ver que disponibilidade tinha para trabalhar directamente com o presidente com a função de o alertar dos perigos que o clube corria. Inicialmente não me mostrei muito interessado, mas por outro lado pensei que poderia lutar por dentro e combater a corrupção, até porque a Polícia Judiciária já me tinha como consultor e não me pagava nada. Aceitei, mediante um bom vencimento e com a condição, por mim proposta, de que se não gostassem do meu trabalho despedia-me sem qualquer tipo de indemnização. Fiquei por lá seis anos, mas no meu segundo ano fomos campeões nacionais, principalmente porque o Sporting sabia com 15 dias de antecedência as armadilhas que lhes estavam a preparar. Um exemplo: 15 dias antes avisei o presidente que no jogo X que antecipava um jogo com o Porto, o árbitro da partida seria fulano e que Beto e Rui Jorge iriam ser espicaçados por esse árbitro durante o encontro para este encontrar motivos para os expulsar. No dia do jogo confirmou-se a minha informação. Num outro caso, num jogo decisivo para a conquista do campeonato, frente ao Boavista, soube que o árbitro da partida tinha ido almoçar com Valentim Loureiro, que era presidente da Liga. Avisei o presidente e todos ficaram em pânico. Não sabiam o que fazer porque não havia provas. Disse-lhes que a única coisa a fazer era Manolo Vidal, antes do jogo, quando fosse entregar as fichas aos árbitros, deveria dizer: "Então o almoço de terça-feira foi bom?" Mais nada. Quando o árbitro ouviu aquela pergunta associou de imediato a intenção do delegado ao jogo e ficou em pânico, contou-me depois Manolo Vidal. Durante esse jogo o árbitro até beneficiou o Sporting e fomos campeões. O árbitro não sabia que provas tínhamos e como era internacional, não colocou a sua carreira em risco. Mas a conquista do campeonato desencadeou uma série de invejas dentro do próprio clube e quando dei por ela estava a lutar contra gente que estava a ser paga pelo clube, mas que queria que este perdesse para conquistarem o poder e poderem fazer os seus negócios. Cheguei mesmo ao ponto de saber que os meus relatórios semanais eram entregues, por gente do Sporting, aos nosso principais inimigos, Porto e Boavista. Não sou nem nunca fui sportinguista e nunca escondi isso. Era apenas o meu trabalho.

CdA: As acções do Sporting nessa luta contra o “sistema” tinham qual objectivo? E as do Benfica? Os lutos pela arbitragem, levar DVD’s ao ministro ou qualquer outro tipo de protesto surtem mesmo algum efeito? Amedrontam o “sistema”?

MN: A primeira coisa que fiz, foi convencer Dias da Cunha de que devia fazer uma aliança com o Benfica se queriam conquistar o poder. Sempre disse que o inimigo do Sporting não era o Benfica, mas o Porto e o Boavista da altura. Consegui. Dias da Cunha fez uma aliança com Luís Filipe Vieira e foi à televisão dizer que as cabeças do sistema eram Pinto da Costa e Valentim Loureiro. Forneci documentos que provavam isso mesmo. O Porto e o Boavista começaram a sentir-se ameaçados e começaram a minar o Sporting por dentro utilizando alguns elementos que hoje continuam no clube. Dias da Cunha não aguentou a pressão e demitiu-se. Pedi a demissão com ele.

CdA: E crê que Benfica e Sporting alguma vez vão lutar em igualdade de circunstâncias com o Porto nos bastidores do futebol nacional? Essa união entre os dois clubes poderia purificar o nosso futebol ou acha que cada qual, à vez, preferem aproveitar o que podem do velho “sistema” que se encontra ainda, residualmente, instalado para próprio benefício?

MN: Para se ganhar e encontrar defesas para os mais diversos ataques, é necessário ter poder. Disse isso muitas vezes a Dias da Cunha. Primeiro tinham de conquistar poder na AF de Lisboa, como fizeram os Dragões na sua cidade. Depois encontrar aliados nas Associações mais poderosas para se chegar ao poder na FPF, mais propriamente na disciplina e arbitragem. Não para fazer o mesmo, mas para fiscalizar e enfraquecer o poder de manobra do seu mais directo opositor. É necessário que os árbitros sintam que estão sob vigilância permanente. Houve casos em que grandes árbitros eram promovidos e mostravam qualidade, mas se não se adaptavam ao sistema, eram despromovidos. Muitos queriam ser honestos, mas o sistema não lhes permitia tal atitude. Os mais vigaristas eram sempre os primeiros a ser promovidos. Para travar tudo isto era necessário ter poder e Benfica e Sporting não tinham um único dirigente na FPF ou na Liga para fiscalizarem a situação ou impor a sua vontade. Vejam o exemplo desta época: O Porto está zangado com o Sporting e Benfica e a época deles tem sido um desastre, imaginem o que seria se Sporting e Benfica fossem aliados. Tem sido assim ao longos dos 20 anos e os clubes de Lisboa não aprendem. Pinto da Costa é um mestre na acção de dividir para reinar.

CdA: Falou nos árbitros. É possível, a um qualquer árbitro, chegar a internacional sem essa tal “bênção” do “sistema”?

MN: Nem pensar. O próprio Vitor Pereira sabe que só está naquele lugar porque tem uma grande flexibilidade de coluna. Quando não for assim acontece-lhe como aos outros. É despedido ou criam-lhe situações que o obriguem a demitir-se.

CdA: O que aconteceu a quem lutou contra isso? Que outras protagonistas do Futebol, para além do Marinho, foram afastadas da ribalta do futebol?

MN: Infelizmente não há muitos mais. Lembram-se do árbitro José Leirós?Denunciou uma tentativa de corrupção por parte do Braga. Nesse dia era pré-internacional e a quem todos apontavam como internacional, mas no final da época, acabou por ser despromovido para a 2ª categoria e depois desistiu. Mas houve muitos mais, mesmo em termos de comunicação social. No programa "Donos da Bola" da SIC, tínhamos 52% de share, ou seja, o programa mais visto desta estação e de um dia para o outro acabaram com ele. Nós estávamos sempre à frente da polícia. A PJ tinha um plantão a ver o programa e com base nas nossas informações fazia buscas à segunda-feira. Nesse tempo o futebol tremeu, mas quem caiu fomos nós.

CdA: Sabemos que se tem dedicado a outras artes, com bastante sucesso até. Pensa ainda voltar a exercer a sua profissão, após ter sido um dos primeiros jornalistas de investigação desportiva ou será que esta nova geração de directores nas publicações continuam a não ter “tomates” para contrariar o poder?

MN: Para mim o jornalismo acabou, mas acabou porque eu quis. Os novos jornais não querem gente com coragem e integra. Querem moços de recados. Serviçais do poder. É como disse Sócrates: "Não me preocupo com jornalistas. Prefiro controlar os seus patrões." Hoje já não é uma questão de tomates, mas sim de atitude. Se tens tomates não tens onde escrever. Eu mesmo tenho o Golpe de Estádio 2 já escrito há mais de 6 meses e quando se soube disso desapertaram-me as rodas do meu jeep. Também sei que a maior parte das editoras estão controladas, assim como livrarias, vejam o que aconteceu ao livro do Octávio. Alguém falou disso??? Quase passou despercebido. É assim que o poder joga.

CdA: Por fim, gostaria de deixar alguma mensagem aos milhares de leitores "anónimos" que este e outros blogs de futebol congregam que repudiam a maior parte dos jornalistas pela falta de isenção inerente?

MN: Entendam melhor os jornalistas. Conheço muitos que gostariam de mostrar coragem, mas ela morre logo na marcação dos serviços.


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SÁ PINTO É O NOVO TREINADOR DO SPORTING


   Ricardo Sá Pinto é o sucessor de Domingos Paciência no comando da equipa leonina.

Para muitos terá sido uma decisão precipitada por parte da direcção leonina, uma vez que é considerado um dos melhores treinadores portugueses que por cá andam, fruto principalmente da excelente campanha que o SC Braga fez na época passada, nomeadamente no que diz respeito a nível internacional, tendo alcançado a final da Liga Europa.

Domingos Paciência teve aquilo que muitos outros treinadores não tiveram nos últimos anos como comandante das tropas leoninas. Domingos teve uma direcção nova disposta a investir forte no futebol, contratando praticamente um plantel novo com alguns jogadores a serem mais valias para a equipa.

Jogadores com experiência de campeonatos mais competitivos, jogadores internacionais nas suas respectivas selecções como por exemplo Holanda, Argentina, Espanha ou Brasil, e até jovens promessas prontas para serem trabalhadas para o futuro como por exemplo, Andre Carrillo ou Diego Rubio.

Na verdade Domingos Paciência vinha a perder espaço em Alvalade, a sua forma de expressar os desaires, com constantes culpas aos jogadores, erros de arbitragem e até chegou a discordar de declarações da própria direcção, nomeadamente Godinho Lopes, adivinhava-se uma futura ruptura.

É verdade que a imensidão de lesões que afectaram as hostes leoninas, não ajudou Domingos no seu curto percurso, pois pese embora o plantel tenha alguns jogadores de grande qualidade a realidade é que as opções ou soluções secundárias são muito poucas, tendo muitas das vezes que chamar jovens inexperientes para assumirem as responsabilidades, quando o intuito das suas contratações fosse trabalha-los para o futuro.

Domingos já no Braga tivera muitos problemas com lesões de jogadores e alguma falta de ambição e atitude nos jogos mais decisivos, mas a brilhante candidatura do Braga na Liga Europa (finalista derrotado pelo FC Porto), catapultou o seu estatuto de treinador promissor e valioso no nosso país.

Na realidade nunca ninguém questionou o porquê de António Salvador nunca ter tentado renovar com ele mais cedo, correndo o risco de este sair a custo zero (como aconteceu), talvez todos estes factores que enumerei possa servir de explicação para esse sucedido, embora após o brilhante trajecto na Europa tenha feito o Presidente do Braga mudar de decisão, sendo no entanto já tarde demais.

Correm os rumores no seio leonino que a SAD terá pressionado Domingos para dispensar o seu preparador físico com o intuito de contratar um novo, talvez para combater a onda de lesões que tem afectado o plantel (problema que já não é de agora), tendo DP prontamente recusado tal ideia, com também o agravamento de supostas reuniões secretas com dirigentes portistas durante a ultima semana.

Na realidade este era um desfecho anunciado à muito, e reunindo todas a conjunturas actuais, é o melhor caminho a seguir, tanto para DP como para o Sporting Clube de Portugal.

Ricardo Sá Pinto é a escolha interna para comandar as tropas leoninas até ao final de 2013. O futuro do seu desempenho como treinador do Sporting CP é uma verdadeira incógnita.
Sabemos que foi adjunto de Pedro Caixinha na União de Leiria (Até à data o melhor desempenho como treinador do actual "comandante" do Nacional), sabemos que fez um excelente trabalho no comando dos juniores leoninos, colocando a equipa a jogar de forma coesa e aguerrida.

Na verdade Sá Pinto não será nenhum milagroso que vai mudar tudo de um dia para o outro, até porque pouco ou nada sabemos sobre a sua filosofia de jogo enquanto treinador, mas tendo em conta que a qualidade no plantel está lá, se Ricardo "Coração de Leão" conseguir transformar a atitude e a agressividade da equipa, será já um passo largo para procurar o sucesso a médio/longo prazo.

Como jogador Sá Pinto era um enorme guerreiro que nunca desistia de um lance, sempre com o coração na boca disputava todos os lances como se do ultimo se trata-se na sua carreira, no entanto no passado Sá Pinto carrega nas costas episódios pouco abonatórios no que diz respeito ao seu feitio explosivo. A agressão a Artur Jorge e mais recentemente o desaguisado com a coqueluche da altura...Liedson.

Será portanto com alguma curiosidade que também assistirei ao desenrolar do seu novo desafio e de como irá Sá Pinto transformar uma equipa apática e desanimada para o que resta desta época.

Será Ricardo Sá Pinto uma personalidade adorada e idolatrada pela massa associativa leonina ,o homem certo no momento certo e no cargo certo?

Eu acho que sim pelo simples facto de estarmos a meio de uma época difícil onde nem todos estariam dispostos a correr o risco e Sá Pinto é daqueles que nunca diria não ao seu clube do coração.


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